Na cena musical, alguns artistas se destacam não apenas por suas criações sonoras, mas também pela história que os moldou. Diego Rey é um desses artistas.
Nascido em Bogotá, na Colômbia, sua jornada musical é uma narrativa de influências diversas, paixão pela música eletrônica e uma busca incansável por novos horizontes musicais.
Desde sua infância a proximidade com a mãe artesã até sua descoberta da música eletrônica aos 12 anos. A música se tornou não apenas uma parte essencial de sua vida, mas também uma influência profunda em sua jornada pessoal e artística.
Suas inspirações são tão diversas quanto sua jornada. Sua mãe com seu amor pela Disco Music desempenhou papel fundamental em sua formação musical. Além disso, o ambiente latino em que cresceu com gêneros como cúmbia, salsa e reggaeton, o influenciaram profundamente em sua percepção rítmica. Hoje residindo na Austrália, Diego destaca que o multiculturalismo enriquece sua arte.
E neste clima de histórias, viagens e apresentações, conversamos com o artista que esta com lançamento no gatilho pela gravadora Tree Sixty One.
Pronto para embarcar nessa jornada musical? Continue lendo e descubra o mundo sonoro de Diego Rey.
Para começar, gostaria que você falasse um pouco sobre você, onde nasceu e sobre sua juventude. Como foi esse período? Você acha que essa época de sua vida influenciou alguma forma de sua música?
Diego Rey: Sou de Bogotá, na Colômbia. Lembro-me de que tive uma infância feliz. Passei a maior parte daqueles dias entre amigos ou com minha mãe. Minha mãe e eu éramos próximos. Ela era artesanal, e eu sinto que observar a pintura ou criar coisas foi muito inspirador para mim, como artista.
Desde quando você gosta de música eletrônica e o quão importante é a música em sua vida?
Diego Rey: Comecei a me interessar por música eletrônica quando tinha 12 anos. Minha mãe costumava tocar muitos discos de música Disco e também o rádio. Quando tinha essa idade, fui à minha primeira festa com meus amigos da escola e me apaixonei pela ideia de mixar música assim que vi o DJ.
Naquela época, para mim, tratava-se de tocar diferentes gêneros, não apenas música eletrônica, mas eu já tinha uma preferência pela música House naquela época.
Hoje em dia, minha vida gira em torno da música (risos). É tudo sobre abrir tempo no estúdio sempre que posso.
A música se tornou meu estilo de vida.
Isso contribuiu de alguma forma para a formação da pessoa que você é hoje?
Diego Rey: Sim, contribui. E todos os dias sinto que a música continua influenciando desde a maneira como ouço música em geral até a forma como me relaciono. Sinto que a música me tornou mais sensível à realidade.
Conte-nos um pouco como você descobriu a música eletrônica e começou a discotecar.
Diego Rey: Como eu estava dizendo antes, fui à minha primeira festa quando tinha 12 anos. Vi o DJ e senti imediatamente um grande interesse. Minha mãe me permitiu, de forma solidária, espaço para brincar com música e discotecagem em casa.
Acredito que isso se deve em parte ao seu histórico como artista. Comecei a ouvir muito o rádio após aquela primeira festa e tentei entender a ciência de mixar batidas. Naquela época, não havia internet acessível como nos dias de hoje, então aprendi principalmente ouvindo DJs na rádio.
Mais tarde, consegui um software simples chamado “Deejaysystem” que me permitiu entender melhor a lógica da mixagem. Como isso não foi suficiente, comecei a ir a clubes reais no meu bairro para oferecer meus serviços como DJ, e na verdade, alguns clubes me contrataram quando eu ainda era criança.
Então, aprendi a usar também a parte de trás do equipamento. Continuei tocando desde então, todos os fins de semana, nos últimos 20 anos, até muito recentemente, quando decidi parar, para me concentrar exclusivamente na produção musical por um tempo.
Quanto à produção musical, quando você começou? De onde vem a inspiração para criar algo novo?
Diego Rey: Comecei na produção musical depois de começar como DJ. Minha primeira abordagem à produção musical foi por volta dos 16 anos. Tenho um primo que naquela época estava trabalhando com edição de som.
Ele me deu um software chamado “Acid Pro” da Sony, mas não qual começou a editar faixas e sons intuitivamente. Naquela época, eu estava apenas fazendo, mais, remixes ou edições de sucessos de rádio.
Não estava realmente compondo e produzindo música ainda. Mas essa prática se tornou minha primeira abordagem à experimentação musical, e eu a fazia com paixão por anos. Mas mais tarde, por volta dos 19 anos, a edição de som não era mais suficiente, então comecei a criar batidas no “Reason”.
Foi uma experiência muito interessante, mas também frustrante (risos), porque havia muitas faixas, muito ruins, mas acredito que isso faz parte do processo artístico. A frustração ainda acontece de vez em quando. Depois disso, não pude parar de ir cada vez mais longe, por meio de software, teorias, cursos, tutoriais, ouvir muita música, etc.
Em termos de inspiração, acredito que ela vem do mesmo desejo de explorar mais, expandir mais e entender mais. Nesse processo, ideias surgiram, e uma vez que as ideias estão lá, colocamos as mãos no software ou no driver MIDI para tentar recriá-las.
Acho que a amostragem é uma ótima maneira de se inspirar, mas não confio apenas em amostras ao produzir. Às vezes, as ideias que surgem são mais rítmicas, melódicas ou harmônicas, ou até as mesmas ideias matemáticas simples que foram construídas antes, depois ou sem amostrar. não pude parar de ir cada vez mais longe, por meio de software, teorias, cursos, tutoriais, ouvir muita música, etc.
Às vezes, as ideias que surgem são mais rítmicas, melódicas ou harmônicas, ou até as mesmas ideias matemáticas simples que foram construídas antes, depois ou sem amostrar. não pude parar de ir cada vez mais longe, por meio de software, teorias, cursos, tutoriais, ouvir muita música, etc.
Fale um pouco sobre suas influências musicais, o que ou quem são elas?
Diego Rey: Minha primeira influência musical foi minha mãe. Ela estava envolvida em outras formas de arte, mas amava música. Ela tocava discos o tempo todo, e eu me apaixonei profundamente pela música Disco quando era criança por causa dela.
A música Disco continua a me inspirar até hoje. Além disso, devido ao lugar onde nasci, me envolvi muito com gêneros latinos como cúmbia, salsa, reggaeton e outros. Isso teve um grande impacto na minha percepção rítmica no início e mais tarde me impactou no sentido de que tenho treinado muito os ritmos latinos.
Isso influenciou muito os meus processos de criação musical. Se eu tivesse mencionado um artista influente, diria que Jacob Collier é minha principal influência musical devido à forma como ele converteu a música.
Você é colombiano e atualmente mora na Austrália, fale um pouco sobre esses lugares. Por que você se mudou e como é a vida na Austrália para um sul-americano?
Diego Rey: A Colômbia me traz muitas lembranças felizes, tanto que sonho constantemente com o país, mas ainda sinto que tenho coisas a fazer aqui na Austrália. A Austrália também me permitiu aprender inglês e me relacionar com pessoas de todo o mundo.
Por causa disso, pude conhecer e me encantar com diferentes culturas. Devido à economia australiana, há pessoas de muitos países que vêm para cá, como as quais se relacionam o tempo todo, e realmente gostam dessa experiência multicultural. Já fazem 6 anos desde que cheguei.
Como artista e como pessoa, como essa experiência entre os países influenciou seu caminho?
Diego Rey: Sinto que essa viagem me influenciou muito como artista. Primeiro, é um fato que me tornei um ouvinte melhor. Aqui, tive que ouvir com atenção no início para conseguir entender o sotaque australiano, que era muito diferente, e o inglês em geral. O inglês me permitiu comunicar com pessoas do Brasil, França, Índia, China, etc.
E isso teve um grande impacto em mim também como ser humano, principalmente por causa do que eu disse na última pergunta, sobre o multiculturalismo. Além disso, devido à economia australiana, pude trabalhar em muitos tipos de empregos que eu não havia experimentado antes, pois estava envolvido apenas com a discotecagem profissionalmente.
Isso inclui construção, jardinagem, entrega de mercadorias, etc. E me diverti muito. E, ao contrário do meu país, os regulamentos nesses tipos de empregos aqui são mais do que suficientes para viver com segurança e conforto e também estudar.
Isso não me tornou rico (risos), mas me deu flexibilidade, e flexibilidade significa tempo no estúdio, que para mim é a coisa mais importante agora.
De suas viagens e apresentações, existe alguma experiência que será difícil de esquecer?
Diego Rey: A lista seria muito, muito longa se eu lhe contasse as experiências que você não conseguirá esquecer dessa viagem (risos). Como DJ, será muito difícil esquecer uma festa na qual toquei todas as quintas-feiras durante os primeiros 2 anos em Melbourne.
Foi uma incrível festa latina com mais de 1000 pessoas. Saí mais por um desejo de me aventurar em experiências mais desconhecidas do que por desgosto. Eu amava aquelas quintas-feiras malucas (risos), e será difícil esquecer toda a diversão.
Você poderia descrever seu estilo musical?
Diego Rey: Na verdade, nada vem à minha mente para definir meu estilo. Talvez apenas “House”, eu diria.
Você também poderia destacar e mencionar cinco faixas icônicas de música eletrônica em sua vida?
Diego Rey: Adoro essas músicas!
“Don’t Call Me Baby” – Madison Avenue
“Feelin’ Love” – Soulsearcher Club Mix
“Disco Lovin'” – Dr. Packer
“Meu sentimento” – Junior Jack
“The Bomb (These Sound Fall Into My Mind)” – The Bucketheads
Quais são suas expectativas para o futuro a partir de agora e o que seu público pode esperar de você nos próximos anos?
Diego Rey: No último ano, consegui produzir mais música do que nunca antes. Espero, em algum momento no futuro próximo, poder voltar a tocar em clubes, compartilhar a música que fiz neste ano em que estive trancado no estúdio.
Meu público certamente poderá esperar muitas faixas que estão preparadas para serem lançadas e nas quais tenho exploradas e experimentadas como nunca antes.
Muito obrigado pela gentileza e atenção, desejamos sucesso contínuo. Saúde!
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